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Aqui voce encontrará fotos, vídeos e relatos sobre o curso de Eletrônica.

O começo

          O curso de Eletrônica na Liberato começou a ser cogitado no início da década de 80 quando era iminente a crise no mercado calçadista da região. Nesta época o jornal NH lançou o chamado projeto agora que visava buscar novas alternativas para a região. Também a informática estava aflorando com força e daí a idéia de criar um polo de informática na região, mas como tudo, a base teria que ser atraavés do ensino. Começaram então os contatos entre a Liberato e o grupo do projeto Agora e decidiram lançar um um curso técnico que abrangesse não só a area de informática, mas também a área de eletrônica para dar suporte  na área de Hardware. A Liberato, então, começou as tratativas legais para a implantação do Curso Técnico de Eletrônica voltada para a automação. Indas e vindas, reuniões e mais reuniões e em 1985 a Liberato da início ao curso de Eletrônica com duas turmas e, além dos professores de cultura geral, contava com dois professores concursados para a parte técnica, o professor Roberto e o professor Motta (não o Fernando Motta). 

          Assim iniciou, duas turmas com um pouco mais de 70 alunos, professores de cultura geral, dois professores da área técnica. Duas salas de aula comuns, um almoxarifado praticamente vazio, 8 micros TK85, umas TVs doadas, um laboratório improvisado a partir de uma sala de aula normal e, muito esperança de que tudo desse certo. Para 86 já haviam adquirido alguns multímetros analógicos e mais algumas coisas. e assim se passaram os dois primeiros anos do curso.

          Então veio o quase desastre. O curso de Eletrônica correu o risco de ser fechado. Em fins de 86 o professor Roberto pediu demissão e não havia sido, ainda, contratado nenhum novo professor para a área técnica. Não tinha equipamento, nem professor. Para complicar um pouco mais, na volta do ano letivo de 87, o professor Motta não se apresentou. Caos total. Sem corpo docente para a área técnica, sem equipamentos para as aulas práticas, sem coordenação, sem horários de aulas, nada. Além disso uma transição não muito fácil de direção com a saída do professor Joaquim Luft e a entrada do professor Araujo, além da troca de todo o sistema admnistrativo. Os alunos não sabiam, mas estavam na corda bamba.

          Para não ser injusto, havia sim, um professor da área técnica: o professor Elemar de desenho técnico.

          Nesta época eu ministrava aulas de Física no curso de Química, mas era o único que entendia de Lógica Digital e já havia ministrado, anteriormente, aulas de Eletrônica Digital na disciplina de Eletrônica no curso de Eletro. Fui chamado ainda durante as férias para saber se eu concordava em dar as 12 aulas semanais de Eletrônica Digital. Olhei o programa e cheguei a rir do mesmo. Eu tinha 128 aulas durante o ano para dar portas lógicas e alguns circuitos básicos de lógica combinacional, sendo que Flip-Flops e Lógica sequencial só seriam dados  no quarto ano na disciplina de Microprocessadores que por sinal não incluia nenhum microprocessador no programa. Aceitei e fui o segundo professor da área técnica, então. Eu daria essas aulas, mas continuaria dando aulas de Física para completar a carga horária.

       Ao iniciar o ano letivo, no entanto, alem de não ter coordenador, professores e equipamentos, não tínhamos horários prontos, Uma coisa boa porém tinha ocorrido. Havia sido contratado um professor da área técnica, o professor Rudi. Éramos tres e tínhamos uma grande quantidade de disciplinas sem professores. Eletricidade Básica para o seundo ano, Elementos de programação, Transmissão e recepção, Fundamentos de Eletrotécnica,etc. Bem, não lembro tudo e nem sei se os nomes acima eram exatamente estes.

           Muita gente estava apostando no fracasso do curso por motivos que não vem ao caso. Como sair desta? O professor Rudi, o Elemar e eu nos colocamos a fazer os horários. Enquanto isso, começamos a procurar, dentro do quadro de professores da escola, quem poderia assumir as disciplinas pelo menos provisóriamente. Lembrei do André Lawish que estava cursando Computação e poderia, talvez, dar as aulas de programação apesar de só contar com os Tks, as velhas TVs e os gravadores de fita cassete. Falei com ele e ele aceitou. Ufa, menos um problema. O Elemar falou que conhecia uma pessoa que poderia vir para auxiliar de ensino. Veio o Breno. Logo verificamos que o Breno tinha qualificação para ministrar aulas de Eletroténica. Foi promovido a professor e assumiu esta área. Lembrei do professor Alexandre Ritzel que dava aula de eletrônica na Eletro e entendia muito de comunicações. Buscamos. Só faltavam duas. Fundamentos de Eletrônica e Eletricidade Básica. Deixei da Física e assumi Fundamentos de Eletrônica e, por fim, conversei com o professor professor de Física, Renato Costa (já falecido),  sondando sobre a possibilidade dele assumir Eletricidade. Aceitou. Fechamos o quadro de professores. Terminamos os horários e, com uma semana de atraso, o curso pode finalmente reentrar em funcionamento. Ainda teríamos muitos problemas para serem resolvidos, mas as aulas estavam em andamento. Felizmente conseguimos, com a união do grupo, manter o curso que hoje já tem seus 30 anos de idade e é um dos marcos da Liberato. Me orgulho muito de ter participado deste momento. Um detalhe: nunca mais ministrei aulas de Física. O que era para ser um quebra galho se tornou a minha vida daí por diante.

          José Edevaldo Pulz 

Este vídeo foi cedido pelo prof Irineu Ronconi e os cortes efetuados por José Edevaldo Pulz

1Ano de 1988 - Novos desafios

           Ao iniciarmos o ano de 1988 necessitávamos de mais professores. Tínhamos discipinas novas e era urgente a contratação de professores e auxiliares. Iniciamos do jeito que deu. Assumi a disciplina de Microprocessadores e Eletrônica aplicada, além de Digital e alguem assumiu a disciplina de Eletrônica Industrial e iniciamos o ano. Acho que foi em abril, que os novos professores foram admitidos, entre eles o professor Leo que imediatamente assumiu a Eletrônica Aplicada. Acho que também foi aí que ingressou o Inácio e mais dois professores que de momento não estou recordando os nomes. Um deles assumiu a disciplina de Eletrõnica Industrial e o outro, parte das aulas de Eletrônica Geral. Entraram mais alguns, mas com uma passagem muito rápida e por isso não lembro bem. Um para Transmissão e recepção de dados e outro para assumir algumas aulas de Elementos de Programação.

               Na disciplina de Microprocessadores, começamos com o estudo do Z80 e as programações eram feitas em Assembly, depois convertidas em linguagem de máquina manualmente através de uso de tabelas e finalmente introduzidas nos TKs para serem executadas. Uma trabalheira enorme, mas não tínhamos outro recurso.

                Quando o  professor Leo se inteirou do trabalho que tínhamos, falou que ele possuia um programa assemblador para Tk. Foi um alívio. O Leo emprestou o programa e imediatamente eu o gravei em E²PROM que foi colocada no espaço morto da memória do Tk. Assim, para o André trabalhar com Elementos de programação, ele usava a memória principal do Tk e em Micro eu usava o programa Assemblador acessando seu endereço na parte "morta" da memória fixa. A memória fixa tinha um expaço de 16 Kbytes. Desta, o pseudo Basic do sistema usava 8k ficando 8k não usada pelo micro. Coloquei 4k com o Assemblador e os outros 4 k usávamos para o uso de uma interface para controle de entrada e saída de dados externos, inclusive para gravar E²PRON. Ficou uma beleza comparado ao processo inicial.

                 Já podíamos gravar nossa E²PRON, mas havia um problema: Como desgravá-las? A escola não tinha recursos para adquirir um desgravador. Foi aí que um aluno, que trabalhava meio turno na Metrixer, falou que eles tinham feito um desgravador de E²PRON usando uma lâmpada de Mercúrio queimada. Entrei em contato com um dos sócios que havia sido meu aluno de Física na Liberato, Claudio Elicker, e ele prontamente me cedeu o processo de confecção. E foi assim que tivemos nosso primeiro e duradouro desgravador de E²PRON contruído de Bulbo de lâmpada queimada de Mercúrio adaptada em uma caixinha (a minha) de giz.

                Quero destacar aqui algumas coisas importantes:

                        1 - A colaboração do professor Leo Weber conforme citado anteriormente.

                        2 - A grande ajuda e apoio do professor Rudi Kruger(acho que é assim que se escreve). Ele me ajudou muito trazendo informações de sua experiencia com CLPs que ele produzia para empresas. Grande Rudi. Pena que ele, depois de algum tempo, deixou a Liberato. Deu uma grande contribuição ao curso como um todo.

                       3 -  A colaboração de alunos como o que citei e que, se não me engano, se chamava Daniel. Os alunos sempre tiveram participação importante em minha carreira de professor. Aprendi muita coisa com muitos deles. Minha formação na área de Digital e Microprocessadores passou por muito aprendizado com alunos que eu vi que sabiam mais do que eu e que procurei aprender com eles para repassar mais tarde. Outros ex-alunos que gostaria de citar como meus "mestres":

                         Dupont, Gallo, Sminiosky(??). Meu muito obrigado a eles e outros.

                      4 - Amigos e ex-alunos de fora da escola como O Claudio Elicker e muitos outros que, de uma forma ou de outra, muito  me ajudaram.

 

 

 

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